Maragogipe, 27 de março de
2019.
Of.012/2019
Prefeitura
Municipal de Maragogipe
Ex.ª. Sra. Vera Lucia Maria
dos Santos
C/cópia
à Secretaria de Administração
Ilma. Sr.ª Milena Marcela
dos Santos
Excelentíssima Senhora,.
O
SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAL DE MARAGOGIPE – SIFUPREMA - através
do seu representante legal, vem mui respeitosamente encaminhar a Vossa Senhoria
a nossa pauta de reivindicações referente ao Dissidio Coletivo 2019.
Inicialmente solicitamos abertura da mesa de negociações, deixando sobre Vossa
responsabilidade a criação da Comissão e o agendamento das datas em que serão
realizadas as reuniões, acreditando que possamos construir um dialogo saudável
para a construção do Bem-estar dos Servidores e da sociedade Maragogipana,
segue a baixo nossa pauta de reivindicações.
1. Considerando
que não houve reajustes salariais nos últimos 06 (seis) anos com o acumulado da
perda de poder de compras, devido os índices de inflação dos últimos seis anos,
sugerimos um reajuste de 15% (quinze por cento) em cima do salário base da
Prefeitura Municipal de Maragogipe referente a cada nível;
2. Gratificação
de insalubridade no valor integral de 40% ( quarenta por cento) para o Gari que exercem
as atividades de varrição e coletas de lixo orgânico, já existe vários
entendimentos jurídicos a cerca da concessão do pagamento do valor integral
como poder ser visto:
De acordo com o desembargador Platon Teixeira
Filho, o adicional em grau máximo para a atividade de gari está estipulado no
Anexo 14 da Norma Regulamentadora 15 do Ministério de Trabalho e Emprego. O
dispositivo apresenta a relação de atividades que envolvem agentes biológicos e
estabelece o grau máximo de insalubridade para o trabalho em contato permanente
com lixo urbano. Para o magistrado, não haveria diferença entre a atividade do
gari que trabalha na varrição de rua e a do coletor de lixo a justificar o
enquadramento em graus diversos de insalubridade, considerando que ambas as
atividades pressupõem o contato com lixo urbano.
A juíza Cleyonara Campos Vieira Vilela
ressaltou que atividade de varrer ruas é insalubre, como apontam os termos da
Norma Regulamentadora 15, anexo 14, da Portaria do Ministério do Trabalho e
Emprego.
"Não há, ao meu ver, como distinguir o
lixo coletado pelo gari que varre as ruas da cidade, sujeito a contato com
material orgânico, animais mortos, dejetos humanos, entre outros, daquele com o
qual o coletor entra em contato", disse Cleyonara. Para a julgadora, a
empresa não comprovou o fornecimento regular do material de segurança com o
correspondente certificado de aprovação.
3. Implantação
da comissão de discussão permanente sobre a funcionalidade das atividades
exercidas pelos Auxiliares Escolares, como a capacitação, fornecimento
uniformes, EPI, ’ e realização de avaliação do direito a gratificação de
insalubridade;
4. Elaboração
de um calendário de reuniões para discursões e construção do Plano de Cargos,
Carreiras e Salários dos Servidores Públicos Municipal;
5. Reajuste
da gratificação de Retribuição pelo exercício da função de Direção, Chefia e
Assessoramento, em conformidade ao Art. 62 da Lei 15/94;
6. Classificação
ou mudança de nível para os ajudantes de pedreiros que já exerce a função de
profissionais a anos;
7. Aplicação
da lei de nº 19/2015 lei que regulamenta a guarda civil de Maragogipe, a
criação dos grupamentos, nomeação dos inspetores e subinspetores, criação da
Corregedoria e Ouvidoria conforme Lei municipal 19/2015 que diz:
Art.19 - A GCMM possui Sistema Administrativo
constituído na forma abaixo:
I - Estrutura Orgânica
a) cargos;
b) funções.
II – Setor de Acompanhamento
Técnico/Administrativo
a) Grupamentos:
1 – Grupamento de Operações Especiais;
2 – Grupamento de Inteligência e
Estatísticas;
3 – Grupamento de Proteção e Ronda Escolar;
4 – Grupamento de Proteção Ambiental;
5 – Grupamento de Prevenção as Drogas;
6 – Grupamento de Proteção Patrimonial;
7- Grupamento de Transito;
III – Corregedoria e Ouvidoria para Assuntos
Disciplinares.
Art. 25 - Os Grupamentos são órgãos do
Sistema Administrativo e Orgânico da GUARDA CIVIL MUNICIPAL DE MARAGOGIPE-
GCMM, integrando o Gabinete do Chefe do Poder Executivo, criados por esta Lei,
para viabilizar a formação profissional, qualificação dos integrantes da GCMM e
planejamento das ações e atividades especificas desenvolvidas pela Corporação.
Art. 26 - Os Grupamentos da GCMM serão
titularizados por:
I - 01 (um) inspetor de Grupamento;
II - 01 (um) subinspetor de Grupamento.
Parágrafo Primeiro. Os inspetores de
Grupamentos e subinspetor dos Grupamentos de Atuação da GCMM obedecerão aos
critérios de tempo de serviço e Cursos de qualificação na área da Segurança
Publica.
Parágrafo Segundo. A publicação será através
de Portaria.
Parágrafo Terceiro. O funcionamento dos
Grupamentos, competências e atribuições dos seus titulares serão estabelecidos
no Regimento Interno da GCMM.
Art. 32. O Ouvidor-Geral e o Corregedor-Geral
serão indicados pelo Prefeito Municipal, sabatinados em reunião conjunta com
Secretario Municipal de Administração e o Comandante da Guarda Civil Municipal
de Maragogipe.
Art. 33. Fica o Executivo Municipal
autorizado a abrir créditos especiais, utilizando recursos orçamentários
atualmente existentes, bem como créditos adicionais necessários ao
funcionamento da Corregedoria da Guarda Civil Municipal e da Ouvidoria da
Guarda Civil Municipais.
Parágrafo único. Nos exercícios subsequentes,
as despesas com a execução desta Lei correrão por conta de dotações
orçamentárias próprias a cada estrutura administrativa, suplementadas, se
necessárias.
8.
Gratificação por natureza do trabalho para os guardas civis municipais que
trabalham no grupamento de operações especiais;
9.
Solicitação de treinamento, fardamento, EPI’s para os Guardas Civis Municipais
de Maragogipe, conforme as legislações:
Lei
13.022/2014
Art. 1o Esta Lei institui normas gerais para
as guardas municipais, disciplinando o § 8o do art. 144 da Constituição
Federal.
Art. 2o Incumbe às guardas municipais,
instituições de caráter civil, uniformizadas e armadas conforme previsto em
lei, a função de proteção municipal preventiva, ressalvadas as competências da
União, dos Estados e do Distrito Federal.
Art. 11.
O exercício das atribuições dos cargos da guarda municipal requer
capacitação específica, com matriz curricular compatível com suas
atividades.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, poderá ser
adaptada a matriz curricular nacional para formação em segurança pública,
elaborada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério
da Justiça.
Lei nº 13.060/2014
Art. 1o Esta Lei disciplina o uso dos
instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública em
todo o território nacional.
Art. 2o Os órgãos de segurança pública
deverão priorizar a utilização dos instrumentos de menor potencial ofensivo,
desde que o seu uso não coloque em risco a integridade física ou psíquica dos
policiais, e deverão obedecer aos seguintes princípios:
I - legalidade;
II - necessidade;
III - razoabilidade e proporcionalidade.
Parágrafo único. Não é legítimo o uso de arma de fogo:
I - contra pessoa em fuga que esteja
desarmada ou que não represente risco imediato de morte ou de lesão aos agentes
de segurança pública ou a terceiros; e
II - contra veículo que desrespeite bloqueio
policial em via pública, exceto quando o ato represente risco de morte ou lesão
aos agentes de segurança pública ou a terceiros.
Art. 3o Os cursos de formação e capacitação
dos agentes de segurança pública deverão incluir conteúdo programático que os
habilite ao uso dos instrumentos não letais.
Art. 4o Para os efeitos desta Lei,
consideram-se instrumentos de menor potencial ofensivo aqueles projetados
especificamente para, com baixa probabilidade de causar mortes ou lesões
permanentes, conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas.
Art. 5o O poder público tem o dever de
fornecer a todo agente de segurança pública instrumentos de menor potencial
ofensivo para o uso racional da força.
Art. 6o Sempre que do uso da força praticada
pelos agentes de segurança pública decorrerem ferimentos em pessoas, deverá ser
assegurada a imediata prestação de assistência e socorro médico aos feridos,
bem como a comunicação do ocorrido à família ou à pessoa por eles indicada.
Art. 7o O Poder Executivo editará regulamento
classificando e disciplinando a utilização dos instrumentos não letais.
.
10. Pagamento do valor integral de 30%
do adicional de Periculosidade para os Guardas Civis Municipais em conformidade
a Lei municipal de nª 19/2015 que diz:
Art. 14 - Fica assegurado aos componentes da
GCMM, receber ADICIONAL de periculosidade, como dispõe do Art. 70 da Lei
nº15/94, Lei nº 12.740/2012, e ANEXO 3 da NR16/2013, conforme Portaria
Ministerial de nº1885/2013 ou outra legislação que venha a substituí-las.
Parágrafo Primeiro. São consideradas atividades de risco nos
termos desta Lei, aquelas que por sua natureza podem expor o servidor a
situações que resultam colocar em risco sua vida, saúde e integridade física e
psíquica.
Parágrafo Segundo. Adicional de Periculosidade de que trata o
“caput” deste artigo será concedido pelo Executivo Municipal mediante
cumprimento das Leis, no valor de 30% (trinta por cento) sobre o salário-base
do servidor da Guarda Civil Municipal de Maragogipe, sendo implantado nos
vencimentos dos servidores conforme calendário aprovado no ANEXO II desta lei.
Anexo II
Estatuto da Guarda Municipal
Calendário de implementação de periculosidade
DATA DA
IMPLEMENTAÇÃO
|
PERCENTUAL MÁXIMO
A SER IMPLEMENTADO ATÉ O LIMITE DE 30%%, CONFORME ARTIGO 14, 2º
DESTA LEI.
|
Até 30 dias
após a publicação desta lei
|
10%
|
Até 31 de
dezembro de 2016
|
15%
|
Até 31 de
dezembro de 2017
|
30%
|
11.
Criação da Comissão de Saúde e Segurança do Trabalhador, em conformidade a Portaria
MTE n.º 485, de 11 de Novembro de 2005 e NR 32 que diz:
32.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR tem
por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de
medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de
saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à
saúde em geral.
32.1.2 Para fins de aplicação desta NR
entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de
assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação,
assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.
12. Pagamento do Piso Nacional aos Agentes de
Combate as Endemias em conformidade aos parâmetros do Ministério da Saúde que
diz:
A partir do ano 2000 são repassados recursos
fundo a fundo aos entes federativos que se destinam à execução de ações de
vigilância em saúde, compreendendo a vigilância, prevenção e controle das
doenças transmissíveis; vigilância e prevenção das doenças e agravos não
transmissíveis e dos seus fatores de risco; vigilância de riscos ambientais em
saúde; gestão de sistemas de informação de vigilância em saúde de âmbito
nacional e que possibilitam análises de situação de saúde; vigilância da saúde
do trabalhador e ações de promoção em saúde, inclusive para contratação de pessoal.
Com a publicação da Lei 12.994/2014 houve
necessidade de verificar de que fonte sairia esses recursos. O artigo 427 da
Portaria de consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017 define que o
repasse de recursos financeiros será efetuado pelo Ministério da Saúde aos
estados, ao Distrito Federal e aos municípios, por meio de AFC,
proporcionalmente ao número de ACE cadastrados no Sistema Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (SCNES) que cumpram os requisitos da Lei nº 11.350,
de 2006, até o quantitativo máximo de ACE passível de contratação nos termos da
Seção II do Capítulo I do Título IV, da referida Portaria (Origem: PRT MS/GM
1243/2015, Art. 3º), da seguinte maneira:
Será
deduzido até o limite de 50% (cinquenta por cento) do montante do Piso Fixo de
Vigilância em Saúde - PFVS vigente para o respectivo ente federativo, na medida
em que os Estados, Distrito Federal e Municípios realizem o cadastro no SCNES.
Caso o
limite de 50% (cinquenta por cento) seja ultrapassado, o Ministério da Saúde
complementará os recursos financeiros na forma de AFC, até o quantitativo
máximo de ACE passível de contratação nos termos da Seção II do Capítulo I do
Título IV da Portaria de consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017
(Origem: PRT MS/GM 1243/2015, Art. 3º, § 3º).
No que diz respeito ao Incentivo Financeiro
para fortalecimento de políticas afetas à atuação dos ACE será repassado com
recursos da União.
13. Realizar programação de concessão da
Licença Premio por Assiduidade em conformidade ao Art. 87 da Lei 15/94;
14. Pagamento do Piso Nacional dos
Professores, como os enquadramentos, mudanças de nível e aumento na regência em
conformidade a Lei Municipal de nº 6/2009;
15.
Solicitação da realização das eleições dos Gestores Escolares conforme
Lei Municipal de nº 6/2009.
Observação: As reivindicações estão balizadas
nas Leis Municipais 15/94, Federais 12.740 e CLT At. 193. Portaria M.T.E nº
1885/2013, NR 16 e 32, Termo de Audiência realizado no dia 02/04/2013, Lei
13022/2014, Lei 13060/2014, Lei municipal 19/2015, Lei 12.994/2014, Lei nº
11.350/2006, Lei municipal de 6/2009.
Certo
de contar com a vossa compreensão, elevo os nossos votos de estima e
consideração, desde já nos colocamos a disposição e aguardamos o retorno e
agendamento das reuniões referente às nossas reivindicações.
Atenciosamente,
Nelson da Silva Querino
Presidente
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